domingo, 21 de dezembro de 2008

Mensagem de Natal

Durante minha limpeza geral de final de ano - que inclui faxinar também meus arquivos digitais - encontrei uma mensagem que escrevi em 2005 para meus amigos e familiares e da qual nem me lembrava mais. Estava lá no fundo da minha pasta de "mensagens selecionadas", esquecida, mas felizmente resgatada. E não poderia tê-lo feito em época melhor do ano, pois se trata de um texto natalino. Por isso, vou compartilhá-lo aqui com vocês:


Vamos aproveitar este período de festas para fazer uma grande faxina! Vamos nos desfazer de tudo de ruim que aconteceu em 2008 e deixar espaço para que coisas boas nos sejam brindadas com a chegada do Ano Novo! Deixemos para trás más recordações, rancores, brigas, desentendimentos e vamos ocupar nossas mentes com coisas que realmente valham a pena, como fazer o bem, cuidar da saúde, das nossas vidas, das pessoas que amamos e do nosso planeta.

À quem é da minha família, desejo união e harmonia para todos nós. À quem não é, união e harmonia em seus lares.

Aos amigos que vejo com freqüência e fazem parte do meu dia-a-dia, desejo que nossa amizade cresça e se fortaleça cada vez mais. Aos amigos que já faz tempo que não vejo, desejo que estejam todos bem, saudáveis e que a nossa amizade seja sempre muito resistente à distância e às reviravoltas da vida.

Aos que estão no Brasil, desejo coragem e força para suportar os tantos absurdos, abusos e loucuras com os quais convivemos diariamente. Aos que estão em outros países, determinação e resistência para suportar as diferenças culturais e a saudade da família e dos amigos.

Aos casados, noivos e namorados, desejo amor, união e cumplicidade. Aos solteiros, paciência para esperar o novo amor chegar.

Aos que são pais ou tem crianças em casa, desejo carinho e paciência para com estes pequenos presentes de Deus. Aos que não são nem tem, boa vontade para com as crianças do mundo.

Aos enfermos, desejo muita, muita saúde. Aos sãos, saúde também, pois é o mais importante e nunca é demais!

Aos empregados, desejo criatividade e bons negócios. Aos desempregados, um novo e bom emprego!

Aos que comemoram o Natal, desejo felicidades e bons momentos entre pessoas queridas e amadas. Aos que não comemoram, que pelo menos aproveitem o período para refletir e desejar o bem ao próximo.

Boas Festas para todos nós!


É isso aí...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

X SLA

Semana passada participei do X Seminário de Lingüística Aplicada (SLA), promovido pelo Instituto de Letras da UFBA. Foram quatro dias de atividades diversas, entre conferências, mesas plenárias e sessões de comunicação. Os temas abordados e discutidos orbitavam majoritariamente a área de ensino de línguas, mas também tivemos exposições sobre tradução, pesquisa e educação num contexto mais geral.

Participar deste seminário foi uma experiência que reforçou em mim algo que eu já sabia: que participar de atividades acadêmicas extracurriculares é algo que enriquece bastante a vida de qualquer um, pessoal e profissionalmente. A quantidade de informações úteis e interessantes que se adquire e os contatos que se faz são de um valor inestimável e podem mudar a vida de uma pessoa. Foi graças a este seminário que eu tive a oportunidade de, entre outras coisas, me aproximar mais de alguns colegas de curso e de descobrir que nos Estados Unidos não existe uma língua oficial institucionalizada! Aaah, isso também é novidade para você? Vai no Goggle e coloca lá “The English-Only Movement”. Conhecimento nunca é demais.

No entanto o mais impressionante de tudo foi a presença constante de uma figura que eu já percebi que será para mim uma espécie de “carma universitário”. Não houve um só dia desse evento no qual eu não tenha ouvido falar o nome de Mikhail Bakhtin. Ele e sua análise do discurso foram lembrados, citados, elogiados, citados novamente... Mas tenho que admitir: por conta disso agora estou começando a entendê-lo um pouco melhor. E, de fato, seria estranho se em um seminário como este ele não tivesse aparecido em momento algum.

Pois é... Eu não disse que essas atividades mudam a vida da gente? E o curso tá só começando...

sábado, 6 de dezembro de 2008

É o fim... Ou não!

Nossas aulas terminaram. O semestre passou tão rápido, parece que foi ontem que cheguei para a primeira aula de Oficina e encontrei a professora Eliana perdida no meio do corredor, sem saber exatamente qual seria a nossa sala. A turma ainda estava em processo de entrosamento, se conhecendo, e felizmente essa disciplina exerceu a função não só de nos fazer exercitar as habilidades de leitura e escrita, mas também de estreitar nossos laços. Quem diria que aproximadamente quatro meses depois estaríamos nos despedindo aos beijos, abraços e declarações de amor e amizade.

Mas hein? Como assim “nos despedindo”? Na verdade foi mais um “até já”. Logo, logo estaremos juntos novamente, não em Oficina, mas em outras disciplinas e em encontros “extracurriculares”, para vivermos mais emoções e darmos mais risadas. Para estudar também, é claro. Enfim, para continuar o que começou em 2008.2: uma linda história de superação e sucesso.

Parabéns para todos nós!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Labiata

No último sábado (dia 08) fui conferir o show do cantor e compositor pernambucano Lenine no TCA. O objetivo principal do espetáculo era apresentar o repertório de seu mais novo CD, intitulado ‘Labiata’; no entanto, velhas e conhecidas canções também foram executadas, para alegria do público.

A delicadeza desse novo trabalho de Lenine começa pelo nome do CD. ‘Labiata’ vem de cattleya labiata, espécie de orquídea existente no nordeste brasileiro, muito apreciada pela sua beleza e perfume. Com caráter intimista, as canções primam pela diversidade de ritmos, melodias e mensagens. Destaque para 'É o que me interessa', cuja letra segue abaixo:

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa

Às vezes é o instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto
E é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

domingo, 2 de novembro de 2008

Existências que irritam

Recentemente debati com alguém sobre antipatia gratuita. Num nível mais superficial, chegamos a uma conclusão interessante e óbvia.

Ninguém é obrigado a gostar de ninguém. Temos nossas preferências e o direito de não curtir quem quer que seja. Isso serve de justificativa quando seu santo não bate com o de outra pessoa.

Mas... E quando você percebe que alguém não gosta de você? Que você incomoda, intimida, causa asco, desgosto?

É chocante. Uma tristeza. Um insulto, um ultraje.

Um fato. Uma verdade.

Mas... O problema é com você? É seu? Quem não gosta é a outra pessoa! Tudo certo.

Então, retificando, são dois os direitos: o de não gostar de alguém e o de não contentar outrem.

Não se pode agradar a gregos, troianos e humanos, eis tudo.

sábado, 1 de novembro de 2008

Visita íntima

Hoje fui visitar meus avós. Faço esta visita anualmente com a minha mãe, sempre nesta mesma época. É sempre um momento de reflexão, e este ano não poderia ser diferente.

Todo ano Mrs. Pedrecal repete a mesma frase: “É aqui que termina toda vaidade, minha filha”. Concordo, mas vou além das coisas vãs. A maior lição que se pode tira de uma visita ao cemitério é essa: tudo, absolutamente tudo um dia encontra seu fim. Não há bem que nunca se acabe, nem mal que dure para sempre.

É desolador saber que momentos de alegria e felicidade vão acabar, às vezes antes mesmo deles acontecerem. Você olha aquelas pessoas queridas sorrindo e pensa: “Estarão comigo daqui a um ano? Até que momento farão parte da minha vida?”. No entanto, existe o consolo e o alívio de saber que as dores e os sofrimentos também acabarão um dia, e esse pensamento nos dá coragem para seguir adiante. A vida sabe ser generosa: pessoas queridas vão embora, mas, caso não pertençam a nenhuma das “categorias insubstituíveis” (pai, mãe e filhos), fatalmente terão seus lugares ocupados por outras pessoas em algum momento. Só não supera uma dor quem se apega a ela, afinal.

Essa alternância entre momentos bons e ruins me lembra uma comparação que li uma vez entre a vida e uma roda gigante. Num momento se está na parte alta da roda, para logo em seguida estar na parte baixa, e depois novamente sobe, e desce, e... Ou você aprende a lidar com esses altos e baixos ou acaba doente (em ambos, roda gigante e vida).

Tudo passa. E já que não dá pra fugir disso, vamos colaborar com nossa existência e permitir que ela siga com sua sazonalidade. Quem sabe assim ficamos menos tempo na parte de baixo da roda.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Intercâmbio

Oficina de Leitura e Produção de Textos é nossa disciplina mais original, e agradeço por ser assim. E pra não perder o hábito, em nossa última aula fizemos mais uma atividade diferente: juntamos nosso grupo com o da profª América e tivemos um grande momento de troca de idéias e de confraternização. O fato da maioria dos componentes dos dois grupos já se conhecerem de outras disciplinas e de corredor facilitou a interação e deixou tudo mais divertido.

A idéia era a de que nossos colegas do grupo de América apresentariam pequenos trabalhos para nossa apreciação e posteriormente seria aberto um espaço para debate sobre os temas expostos. Assim foi feito. Com base em vários textos, dentre eles "O demônio da teoria" de Compagnon e "Ação cultural para a liberdade e outros escritos" de Paulo Freire, excelentes contribuições foram realizadas e o intercâmbio de informações foi bastante produtivo.

Nesta e nas próximas semanas continuaremos com as aulas conjuntas. Num curso como Língua Estrangeira, onde a maioria das disciplinas é teórica e transmitida de maneira tradicionalíssima, essas atividades nos dão fôlego e nos ensinam que é possível fazer diferente. Já estou com saudades desde agora.